A música foi o ponto
de partida pra tudo que escrevo. Não consigo separar uma coisa da
outra. Quando eu ouço uma boa música sinto inspiração para
escrever.
Cresci ouvindo Luiz
Gonzaga e outros grandes artistas da MPB. Recorria aos dicionários e
as enciclopédias para entender as letras musicadas de Caetano
Veloso, Gilberto Gil, Aldir Blanc, Chico Buarque, entre outros. A
linguagem rebuscada confundia os fiscais da censura na época. Era
preciso perspicácia para entendê-las. As obras foram aguçando o
meu interesse pela leitura e pela escrita.
Comecei a tocar o
violão para cantar as belas canções brasileiras. Depois ganhei um
bandolim do meu irmão e comecei a tocar choro. Eu também estudei
música num conservatório em Salvador, e em São Paulo estudei
violão flamenco para melhorar a minha técnica no instrumento.
A minha inspiração
para compor e tocar é o Brasil. Gosto de música brasileira, sou um
ufanista em relação a minha pátria, e um simbolista ― gosto de
encaixar a poesia na música e vice-versa.
Vivo dividido entre a
música e a escrita. Às vezes paro um pouco com a música e começo
a escrever poesias, contos, artigos, aforismos, etc. Não consigo
ficar muito tempo sem ler, escrever, tocar...
A minha inspiração
para escrever é a cidade de Alagoinhas-BA, a respeito do que
vivenciei com a minha mãe, meus irmãos, tios, avós, amigos, mas
também gosto dos temas filosóficos e do cotidiano.
Os meus professores de
língua portuguesa foram os responsáveis por minha admiração pela
gramática e literatura. Através deles conheci os gramáticos:
Domingos Paschoal Cegalla, Napoleão Mendes de Almeida, Celso Cunha,
Evanildo Bechara. Conheci os escritores: Machado de Assis, Guimarães
Rosa, João Cabral de Melo Neto, Jorge Amado, Graciliano Ramos,
Ariano Suassuna, Dias Gomes. Os poetas: Castro Alves, Casimiro de
Abreu, Augusto dos Anjos, Fernando Pessoa, Cecília Meireles,
Ferreira Gullar, Carlos Drummond de Andrade, Patativa do Assaré,
entre outros.
As pesquisas que
fazemos hoje na internet, onde digitamos uma palavra e encontramos
várias informações, eu fazia através dos dicionários, das
enciclopédias, ou ia a uma biblioteca.
A mudança na minha
trajetória foi a entrada na escola do SENAI onde fiz cursos na área
de mecânica. Lá tomei gosto também pela matemática, física...
Daí nasceu o desejo de fazer engenharia.
Apesar de ser formado
em mecatrônica, considero-me mais um engenheiro das palavras. Entre
mim e elas há uma relação de carinho e respeito. Comento isso no
texto “Declaração Lusofônica”.
Na faculdade comecei a
ler mais a respeito de filosofia. Descobri que ela é o guia de todas
as ciências mesmo não sendo ciência. É a busca pelo conhecimento
que faz as transformações na humanidade.
Gosto de ampliar os
meus conhecimentos filosóficos lendo os grandes nomes da área:
Sócrates, Platão, Aristóteles, Nietzsche, Leibniz etc. Além dos
brasileiros: Marilena Chauí, Renato Janine, Mario Sergio Cortella,
entre outros grandes pensadores.
O meu filho comentou
que tenho uma obra não divulgada, e que a mesma precisa sair do
anonimato. Para isso, em 2011 ele criou este blog. Tem literatura e
filosofia. Postei artigos, contos, aforismos, poesias, crônicas.
Espero levar
conhecimento, reflexão e contribuição para a educação e cultura
do nosso país. Fico feliz em saber que os meus textos estão
circulando nas escolas brasileiras. Recentemente recebi informações
de professores que estão divulgando o meu trabalho. Um dos meus
textos também foi apresentado como trabalho universitário. Isso é
maravilhoso para quem escreve. Ver a sua obra transformando a
sociedade para melhor. Isso também é cidadania.
Para eu ter
disponibilidade de estudar, escrever, tocar e conseguir tudo isso, é
importante o apoio da minha família, principalmente os meus filhos:
Leila, Renato, Luan e a minha mulher, Léia.
Sinto-me feliz em
saber que os meus filhos gostam de cultura geral. Influência e
herança dos pais.
Agradeço aos que leem
os meus textos e dão incentivo e sugestões para eu continuar a
escrever.
Vou continuar
construindo a minha história respeitando o “Poder Transformador”
de Deus em nossas vidas.
O poder transformador: não há como resistir às mudanças naturais das coisas. Se for o momento certo não há barreira que suporte, pois a força da transformação (do novo) é imbatível.
Renato Luiz de Oliveira Ferreira