terça-feira, 11 de maio de 2021

SAGRADO CANTO DA RECONSTRUÇÃO

Não importa se hoje há raios de sol ou se vai chover

Seja manhã, tarde, noite, ou qual bela estação a fruir

Quero um sentido pra vida além do ter e o vão prazer

Melhor ser, transcender, voar livre, reconstruir, devir


Pousar no alto da montanha, ver o novo, o anacoluto

Refletir as questões metafísicas e fugir do vento leste,

Praticar o mais belo verbo ― amar ― com o Absoluto

Sentir a suavidade da brisa oeste; minha alma veste

 

Pulsar o místico sopro do bem e soar a minha canção

Buscar o maitri, karuna, mudita, upeksha e praxidade

Confluir a alma e a tal felicidade, pureza na meditação

Encontrar com o outro, o Outro, através da alteridade

 

Sentir a deidade, o presente da vida, o Self, aqui e lá

Ter fé, entropatia, o dasein, e a intuição do beija-flor

Sublimar o desejo do sagrado canto à humanidade já

Para um mundo pleno de luz, igualdade, paz e amor

 

                                                Renato Luiz de Oliveira Ferreira