Não importa se hoje há raios de sol ou se vai chover
Seja manhã, tarde, noite, ou qual bela estação a fruir
Quero um sentido pra vida além do ter e o vão prazer
Melhor ser, transcender, voar livre, reconstruir, devir
Pousar no alto da montanha, ver o novo, o anacoluto
Refletir as questões metafísicas e fugir do vento leste,
Praticar o mais belo verbo ― amar ― com o Absoluto
Sentir a suavidade da brisa oeste; minha alma veste
Pulsar o místico sopro do bem e soar a minha canção
Buscar o maitri,
karuna, mudita, upeksha e
praxidade
Confluir a alma e a tal felicidade, pureza na meditação
Encontrar com o outro, o Outro, através da alteridade
Sentir a deidade, o presente da vida, o Self, aqui e lá
Ter fé, entropatia, o dasein,
e a intuição do beija-flor
Sublimar o desejo do sagrado canto à humanidade já
Para um mundo pleno de luz, igualdade, paz e amor
Renato Luiz de Oliveira Ferreira