terça-feira, 29 de outubro de 2013

Ao meu amigo livro



Você, amigo livro, é como cada pessoa que passa em minha vida, mas com uma diferença, sempre me recebe de braços abertos. A cada página sua folheada recebo mais um abraço, nem sinto a vida passar. O seu cheiro quando novo é especial – igual ao de uma criança. Já a sua capa, é um rosto atraente, cheio de mistério, e que não perde a pureza com o tempo. Aos poucos, vamos nos conhecendo e viajamos... Eu, mais profundamente na sua história. Engraçado amigo, quando nos identificamos de imediato é um grude – até quando vamos ao banheiro. De mãos dadas: rimos, choramos, às vezes até brigamos porque não consigo entendê-lo. Desculpe-me por algumas vezes dar um tempo na nossa relação de amizade e deixá-lo de lado. Ainda bem que o tempo passa... e quando menos espero já estamos íntimos. Mas como tudo tem seu início, meio e... na última página o momento de despedida, recebo o seu último abraço, ou melhor, nos abraçamos com uma tristeza imensa... Algumas vezes choro de emoção e penso naquela pessoa especial que também poderia conhecê-lo e recebê-lo de braços abertos, da mesma forma como você faz com todos. Pareço vulgar, mas nem deixo a saudade ir embora e já estou abraçado a outros, vivendo novas emoções. Alguns têm conteúdo volátil, porém, têm aqueles que levo para a eternidade, pois transformam a minha vida. Assim, são os meus melhores amigos: livros com capa de carne e osso (material), mas com um conteúdo, uma alma (espiritual) que me faz aprender, crescer, amar e perceber que viver vale à pena, ler livros e ter amigos então...


Renato Luiz de Oliveira Ferreira



sábado, 12 de outubro de 2013

Lembranças


As lembranças de uma boa infância permanecem para sempre na memória. Percebemos que, é o único momento da vida em que somos livres, pois temos a inocência: voamos na imaginação, corremos, cantamos, rimos, choramos, brincamos... Sentimos a verdadeira presença de Deus.

Renato Luiz de Oliveira Ferreira

quarta-feira, 13 de março de 2013

O novo Pontífice


Francisco é o nome dele.
Jorge Mario Bergoglio é químico, filósofo e teólogo. Uma pessoa reservada, que gosta de ler Dostoiévski.
Não sei o porquê, mas ontem eu fui à livraria e comprei a obra “Crime e Castigo” do grande escritor russo. O texto é maravilhoso, um salto para a atemporalidade da consciência.
Espero que, o jesuíta e novo Papa siga o caminho de Santo Agostinho, o grande filósofo responsável pelo desenvolvimento do cristianismo no ocidente.
A mim não importa a sua nacionalidade, mas a sua racionalidade em enxergar as questões humanas.
A grandeza de um líder não se mede pela quantidade de realizações, mas pela qualidade destas, somada ao bom exemplo.

Renato Luiz de Oliveira Ferreira

domingo, 10 de fevereiro de 2013

O Homem e o Tempo

A sociedade atual mostra uma insatisfação com o mundo de uma maneira geral. As pessoas sofrem as consequências dos erros cometidos no passado; um tempo cheio de injustiças, repressões e desamor ao próximo. A acomodação de quem teve em suas mãos o poder de decisão e não o exerceu de maneira a beneficiar a humanidade deixou uma geração órfã, convivendo com diferenças sociais e a falta de esperança de um mundo melhor.

O Homem moderno tem de parar de viver apenas em função do amanhã, deve ser realista. O futuro é o presente. Cada ação momentânea fará um depois mais iluminado. A ética e a moral têm de prevalecer sempre. É preciso assumir responsabilidades com a consciência das mudanças a serem feitas de imediato. Reclamar dos erros do passado não mudará o futuro e desordenará o presente.

No livro Convite à Filosofia, Marilena Chauí, cita: “O tempo não é um receptáculo de instantes, não é uma linha de momentos sucessivos, não é a distância entre um “agora”, um “antes” e um “depois”, mas é o movimento interno dos entes para reunirem-se consigo mesmos (o presente como centro que busca o passado e o futuro) e para se diferenciarem de si mesmos (o presente como diferença qualitativa em face do passado e do futuro)”. Convite à Filosofia, Marilena Chauí. Página 309. (Editora Ática, 2000).

Por isso, a qualidade de vida depende da capacidade humana de aproveitar o tempo; vive melhor quem sabe aproveitar cada segundo. Conforme diz o ditado popular: "O tempo é o senhor da razão".

Fazendo o filosófico e o científico caminharem em equilíbrio, o Homem poderá viver a lógica do pensamento correto, esquecendo os extremos e vivendo de maneira atemporal para suportar as dificuldades e superar os obstáculos para a sua evolução.

Renato Luiz de Oliveira Ferreira

Referência Bibliográfica: CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2000.