Os filósofos
anteriores a Sócrates, os pré-socráticos — também conhecidos
como naturalistas —, na formação da sua primeira escola, a jônica
— colônia grega que teve como principais representantes: Tales de
Mileto, Anaximandro, Anaxímenes e Heráclito —, tiveram grande
importância e influência na filosofia ocidental, principalmente na
ética e na política. Um deles em questão, Anaximandro de Mileto
(610 - 547 a.C), escreveu um livro que tem como tema: "Sobre a
Natureza" — Infelizmente quase toda a obra foi perdida. A
mesma já explicava a origem e o fim das coisas, e por que a natureza
paga pelas injustiças cometidas pelo Homem.
No século XXI, mais
de 2500 anos após os jônicos, o Homem contemporâneo ainda não
conseguiu parar para pensar na natureza e explicar convincentemente o
porquê de tanta violência contra o seu bem mais precioso ― não
há vida humana sem a presença da natureza. Para não passar a
impressão de anacronismo, a ideia de natureza dos pré-socráticos
era diferente da geração atual, porém, a importância dela é a
mesma para todos, independente da época. Por isso que é difícil
entender por que o Homem é o único animal que destroi o meio
ambiente ― a sua racionalidade é um paradoxo ―, fazendo com que
o planeta viva uma entropia jurídica, política e social que está
minando a sua existência. A sua única defesa é utilizar a terceira
lei de Newton: "Ação e reação" — todo corpo reage a
uma força de mesma intensidade e direção que recebeu, mas em
sentido contrário. As tragédias naturais que o Homem está
recebendo é a reação.
Há a necessidade da
diminuição do consumo desenfreado e de planejamento dos governos
para conscientização da sociedade. Os recursos naturais precisam de
proteção, ninguém tem o direito de tirar vidas de inocentes
animais em nome da sua vaidade. A reciclagem deve fazer parte do
cotidiano, todos devem cobrar das indústrias e principalmente dos
governos, uma política ambiental. Não adianta criar grupos para
discutir políticas fúteis, ou aumento salarial. A sociedade
precisa, também, formar equipes para salvar o mundo do seu maior
predador: o próprio Homem. O primeiro passo, ainda é, por incrível
que pareça, a educação com consciência.
Portanto, para começar
a mudar é só dar o primeiro passo, para morrer é só continuar de
braços cruzados. Utilizando a ética filosófica, refletindo sobre
as suas ações no universo, os habitantes da Terra poderão exercer
de verdade, a cidadania, e preparar o planeta para as futuras
gerações. Os cidadãos precisam estender a Declaração dos
Direitos Humanos para os demais seres vivos do planeta Terra. O
futuro agradecerá com uma geração mais feliz, saudável e
consciente do seu papel.
Renato Luiz de Oliveira Ferreira
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