sábado, 22 de dezembro de 2012

Declaração Lusofônica

À Sandra
 
Tenho um sentimento enrustido pela gramática da língua portuguesa. Fernão de Oliveira não tem a ideia da gratidão que tenho por ele, por ter sido o pai da gramática da lusofonia. João de Barros deu continuidade à bela criação.
Entre mim e ela foi paixão à primeira vista. Pena que não lhe dei o devido amor, apesar de ter dado o devido valor. Ela descobriu que eu a traí com a matemática ― essa só me trouxe "problemas" ―, a outra sofreu de ciúmes.
Estou tentando reconquistá-la aos poucos, infelizmente sempre cometo deslizes. Recentemente ela comentou que eu ainda preciso conhecê-la melhor, ir com mais calma... ― coisas gramaticais.
Peço-lhe um favor, já que vocês vão conviver lado a lado: procure tratá-la bem daqui pra frente, com muito carinho, atenção e respeito. As regras serão meros detalhes, porém, importantes para uma boa relação.
Peço-lhe mais um favor, não esqueça! Ao tocá-la, diga-lhe bem baixinho... que eu a amo!
O amor só é válido quando há permissão das partes para vivê-lo como um todo ― intensamente ―, sem pensar no amanhã, mas apenas senti-lo a cada instante, na forma mais pura possível.

Renato Luiz de Oliveira Ferreira

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