À
Sandra
Tenho um sentimento
enrustido pela gramática da língua portuguesa. Fernão de Oliveira
não tem a ideia da gratidão que tenho por ele, por ter sido o pai
da gramática da lusofonia. João de Barros deu continuidade à bela
criação.
Entre mim e ela foi
paixão à primeira vista. Pena que não lhe dei o devido amor,
apesar de ter dado o devido valor. Ela descobriu que eu a traí com a
matemática ― essa só me trouxe "problemas" ―, a outra
sofreu de ciúmes.
Estou tentando
reconquistá-la aos poucos, infelizmente sempre cometo deslizes.
Recentemente ela comentou que eu ainda preciso conhecê-la melhor, ir
com mais calma... ― coisas gramaticais.
Peço-lhe um favor, já
que vocês vão conviver lado a lado: procure tratá-la bem daqui pra
frente, com muito carinho, atenção e respeito. As regras serão
meros detalhes, porém, importantes para uma boa relação.
Peço-lhe mais um favor,
não esqueça! Ao tocá-la, diga-lhe bem baixinho... que eu a amo!
O amor só é válido
quando há permissão das partes para vivê-lo como um todo ―
intensamente ―, sem pensar no amanhã, mas apenas senti-lo a cada
instante, na forma mais pura possível.
Renato
Luiz de Oliveira Ferreira
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