sábado, 22 de dezembro de 2012

"Fim" do Décimo Terceiro Salário

A década de 60 foi um período revolucionário: musical, espacial, político, militar ― corrida armamentista ―, o início da liberação sexual, além do ponto cruel, a ditadura. Durante esses anos conturbados houve um grande avanço para os brasileiros, a criação da Gratificação Natalina, instituída pela Lei 4.090, de 13 de julho de 1962 e regulamentada pelo Decreto 57.155, de 3 de novembro de 1965.
Todos os trabalhadores, independente da classe, têm direito ao prêmio pago pelo empregador. Existem regras para o recebimento conforme prevê a lei. Esse é um direito adquirido que está na Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988.
Está sendo divulgada pela Internet uma notícia de que está sendo aprovada na Câmara Federal uma lei para o fim do 13º salário. Esta notícia é um boato, não há nenhum projeto para o fim da gratificação. Isso é impossível de acontecer porque seria um suicídio para o país.
Por exemplo, quando o governo e as empresas repassam mais um salário para a população, isso automaticamente é revertido em impostos e aumento de produtividade; as pessoas acabam gastando o dinheiro recebido e geram emprego porque as indústrias são obrigadas a produzirem mais, e consequentemente há um aquecimento no mercado interno, fazendo o dinheiro retornar rapidamente aos seus cofres. O abono alavanca a economia.
Caso algum “louco” tente criar um projeto desse tipo, com certeza, o mesmo jamais será regulamentado porque precisará passar pela aprovação em maioria na Câmara Federal, depois por análise no Senado, e em seguida, necessitará da sanção da Presidência da República, onde poderá rejeitá-lo. Mesmo com a aprovação nessas instâncias o projeto será reprovado pelo Supremo Tribunal Federal porque é inconstitucional.
O décimo terceiro salário é tão importante para movimentar a economia de um país que o governo resolveu criar outros mecanismos, tais como: baixar o IPI para veículos, materiais de construção, entre outros itens.
Outra questão é o Programa de Renda Mínima. Ele melhorou muito as condições de pessoas carentes. No passado havia a indústria da seca. Os governantes nordestinos recebiam o dinheiro público e o mesmo não chegava às mãos de quem precisava. As pessoas optavam: ou morriam de fome ou iam para os grandes centros ― êxodo rural.
Com o Renda Mínima, as pessoas terminam gastando o dinheiro na própria região onde moram, gerando receita e emprego para a sua cidade. Isso faz o valor retornar para o governo em forma de impostos, diminuindo a diferença social. O dinheiro chega com mais facilidade à população carente. Ainda existem muitas fraudes, mas a tendência é diminuir, caso o governo continue fiscalizando. Tem muita gente criticando o programa sem conhecimento de causa, mas ele está sendo muito importante para o país.
É intrínseca do ser humano a vontade de crescer e mudar de vida. Ainda há pessoas achando que quem recebe um salário do governo por mês vai continuar a vida inteira assim. Isso é um grande engano. Se uma pessoa ganha R$ 100,00 hoje, daqui a alguns anos desejará ganhar mais. Assim é quem recebe ajuda do governo, amanhã estará trabalhando e deixando a verba para quem realmente precisar.
Décimo terceiro salário, Programa de Renda Mínima, entre outros programas sociais — além do emprego, é claro —, melhora a vida do cidadão, diminui as desigualdades e dá impulso ao desenvolvimento de uma nação. Isso está acontecendo com o Brasil e fazendo o país avançar rumo ao pleno desenvolvimento.

Renato Luiz de Oliveira Ferreira

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